Carnaval: A Festa do Delírio, Sexos e Máscaras!
O carnaval chegou, meu povo! Enquanto muitos caem na folia das ruas, tem gente que prefere a calmaria de um bom livro. Mas será que a literatura brasileira consegue capturar a verdadeira essência dessa loucura que toma conta do país?
Parece que os nossos grandes romancistas se esqueceram da festa mais animada do Brasil! O que importa são os contos curtos, que, vejam só, são mais autênticos na hora de descrever os excessos e delírios do Carnaval. João do Rio, por exemplo, deixou sua marca com "O Bebê de Tarlatana Rosa". Uma obra-prima de terror que deveria ser gritada em alto e bom som por influencers, mas que permanece ignorada. O que será que essa galera tá lendo, hein?
"Eu estava trepidante, com uma ânsia de acanalhar-me", diz o protagonista, revelando a verdadeira selvageria que toma conta da folia. É ignóbil? É! Mas quem nunca? O carnaval é isso aí, meus amigos, uma festa onde tudo é permitido!
E não para por aí! A clássica crônica-reportagem "Batalha no Largo do Machado", de Rubem Braga, merece um aplauso de pé! Um retrato crudo da festa, com "a cuíca ronca, ronca, estomacal, horrível" ecoando no meio do povo suado e delirante. Quem precisa de romantização quando você pode sentir a pulsação intensa do batuque, não é mesmo?
Mas ah, como o tempo passa… Nossos velhos clássicos, como uma máscara descascada, já mostram os sinais do tempo! O racismo e a misoginia que permeavam as histórias do passado estão então ultrapassados, dando lugar a narrativas que devem ser atualizadas. Não dá mais para sustentar a ideia de que o carnaval é só para os homens com suas conquistas de mulheres "normais".
Afinal, olha o que o narrador de "Teoria do Consumo Conspícuo" de Rubem Fonseca solta: "todo carnaval eu sempre fora com uma mulher diferente". E adivinha? Neste ano, a tradição não se cumpre! Fica o recado, senhores: a festa não é só para vocês!
E como se não bastasse, a cada esquina aparece uma nova história que nos faz pensar. Luís Fernando Veríssimo com seu "Bandeira Branca" grita o vazio existencial em meio ao samba e à folia. Quem será que vai dar conta de entender isso tudo no meio da confusão?
Bão, nem tudo está perdido! As mulheres estão aqui para transformar essa festa! Clarice Lispector nos brinda com uma passagem mágica onde um jovem encantador cobre seus cabelos de confete. É isso aí! A mistura de carinho e sensualidade está sempre à espreita.
O carnaval é uma explosão de desejos, amores e fantasias. E se as máscaras estão por toda parte, é hora de revelarmos o que realmente nos move! A festa é nossa, e a literatura também deve ser! Vamo que vamo!
Crédito da foto publicada: redir.folha.com.br