“O APOTEÓTICO MATRIARCADO IGBO: A VERDADE QUE O MUNDO NÃO QUER QUE VOCÊ SAIBA!”
“FALTA DIGNIDADE! A LUTA DAS MULHERES PALESTINAS EM MEIO AO HORROR!”
Na última terça-feira, a socióloga nigeriana Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí bateu um papo quente e fervoroso, e eu me saí de lá com um gosto amargo na boca! Uma oportunidade de ouro jogada no lixo: não perguntei sobre um capítulo explosivo da sua coletânea “Estudos africanos de gênero”!
O capítulo que me deixou em choque? O 5, intitulado “Teorizando o matriarcado na África: sistemas e ideologias de parentesco na África e na Europa”, escrito pela super poderosa Ifi Amadiume. E o que eu fiz? Fiquei questionando coisas banais, enquanto o verdadeiro tesouro ao meu alcance deslizava entre meus dedos!
Amadiume revela que as sociedades africanas não são dominadas por homens! Isso mesmo! Diferentes povos estabeleceram organizações sociais centradas no feminino. Olha a bomba! Entre os nnobi, por exemplo, todos que compartilhavam uma panela eram unidos por um espírito materno! E isso não é conversa fiada, não! As mulheres têm um papel gigante, tomando decisões coletivas e controlando os mercados. Isso é poder!
As deusas Oye, Afo, Nkwo, Eke são celebradas em um calendário que exalta o ciclo de vida. E adivinha? As nobles em Nnobi têm direito de veto em assembleias! Que choque de realidade! Enquanto isso, no fundo das casas, a linhagem masculina ainda puxa as cordas da herança e da propriedade. O patriarcado e o matriarcado dançam uma dança estranha, mas é no matriarcado que reside a verdadeira força do coletivismo.
E a situação não pára por aí! Uma imagem de uma mulher palestina segurando um filho faminto em Gaza me fez lembrar da dignidade pisoteada pela cultura do patriarcado. Vemos mulheres de braços cansados e panelas vazias em um cenário de horror e guerra—o avesso da união entre os que partilham a comida, como as matriarcas igbo!
Como essas guerreiras, que vão de Gaza a Nnobi, podem lutar contra a opressão patriarcal? Não é para que uma mulher domine sobre homens, mas para que todos tenham seu espaço e suas necessidades atendidas. A quem interessa essa luta? A pergunta ainda ecoa!
Prepare-se, porque a verdade está vindo à tona! As vozes das mulheres são um grito por dignidade e poder compartilhado—não dá mais para ficar calado! A revolução matriarcal está no ar!
Crédito da foto publicada: redir.folha.com.br