TITULO: A ANTHROPOLOGA MALCOMPORTADA REVELA SEGREDOS! ESCREVER SALVOU A VIDA DELA!
Quando Mirian Goldenberg recebeu o convite para escrever a apresentação da edição de 70 anos de "O Segundo Sexo", do mito Simone de Beauvoir, ela se deparou com uma imagem poderosa: a filósofa se olhando no espelho. Agora, quase seis anos depois, Mirian se vê refletida naquela situação. "Estou nua no espelho neste livro! Estou me enxergando como nunca antes!" dispara, referindo-se a sua obra mais ousada, “Memórias de uma Antropóloga Malcomportada”, lançada pela Record.
Beauvoir sempre foi sua musa inspiradora, e não é por menos! Desde os 16 anos, quando se deparou com as palavras da autora, Mirian nunca mais a abandonou. A escritora revela que sua nova obra é um verdadeiro grito de liberdade, uma celebração da sexualidade, envelhecimento e do protagonismo feminino, temas que fez questão de explorar com garra e coragem. “Nunca fui uma antropóloga ‘comportada’, muito pelo contrário!”, provoca.
Com uma carreira recheada de polêmicas e temas que a academia tradicional evita, Mirian não tem medo de abrir o coração. “Esse livro é uma mistura de memórias e confissões, episódios marcantes da minha vida que me trouxeram até aqui. Nunca pensei que me tornaria uma antropóloga malcomportada. Achei que a morte era a única saída, mas a escrita me salvou!” desabafa.
E não pense que o caminho foi fácil! Após escapar de um incêndio, em que levou para a vida apenas o celular, algumas canetas e um caderno em branco, o impulso criativo a tomou de assalto. “Estava tão deprimida que não conseguia fazer outra coisa senão escrever. Foi a única maneira de sobreviver!”, revela.
Em suas páginas, ela desnuda memórias sombrias da infância em Santos, a relação tortuosa com a mãe e marcos de violência doméstica que deixaram marcas profundas. “A leitura foi meu refúgio. Eu vivia sob um controle violento, invisível para não apanhá-lo pelos erros de um pai cruel!” conta. Aos 16 anos, tomou coragem e saiu de casa, mudando-se para São Paulo em busca de liberdade e conhecimento.
Da dor familiar, nasceu a pesquisadora. O primeiro livro, “A Outra”, surgiu diretamente de um lar marcado por traições e lágrimas da mãe, uma trajetória que a moldou. “Com meu drama, ‘A Outra’ não teria existido!” grita ela, firme.
E a ousadia não parou por aí! Mirian mergulhou na vida de Leila Diniz, ícone da revolução sexual nos anos 60, e fez história ao investigar a invisibilidade de muitas mulheres. “Sempre fui um peixe fora d’água na academia, mas não me deixarei calar!” promete.
Em seu novo livro, ela destila sabedoria acumulada ao longo dos anos. Mergulhando nas histórias dos outros, transforma suas próprias vivências em uma mensagem poderosa. “Escrever é a minha resistência! Sou a soma de todas as mulheres que vieram antes de mim, incluindo minha mãe!” exalta.
E acredite: em 2024, ela se tornou a primeira personagem acima dos 60 anos a ser retratada pela Turma da Mônica! O coelho Sansão agora é a voz de Mirian, revelando seu lado mais autêntico.
Mirian Goldenberg não é só uma antropóloga; ela é um verdadeiro furacão de reflexões e emoções! Com um estilo direto e acessível, ela fala a todos: “A antropologia é meu jeito de entender a cultura e de saber que minha dor não é só minha, é de milhões de mulheres!”
Agora, com o lançamento do livro, ela sonha em publicar seus 300 cadernos de anotações. "Ninguém imaginava que eu iria olhá-los um dia. É hora de dar voz à minha história!” diz mirian, com um brilho nos olhos.
TITULO: OS SEGREDOS INTIMOS DE UMA ANTHROPOLOGA QUE DESAFIO O SILENCIO!
Crédito da foto publicada: redir.folha.com.br