Título: A Última Mensagem: O Drama Silencioso das Despedidas Não Ditas!
Você já imaginou que suas últimas palavras poderiam ser um simples "Oi, tá com celular aí?"? Pois é, a realidade é brutal! Durante a tragédia da pandemia, milhares de brasileiros foram surpreendidos pela Covid-19, levando ao luto e à dor que muitos nunca reconheceram. Aquele "tchau" não dito agora ecoa na mente de quem ficou.
Desde 2019, o Brasil soma mais de 715 mil vidas perdidas. E quem ficou, fica com o coração partido ao lembrar das conversas interrompidas. Anderson Mata, de 43 anos, não sabe se seu irmão Sandro, casado e pai recente, leu sua última mensagem. Ele estava na UTI, enquanto Anderson tenta desesperadamente recordar o tempo em que dividiram uma beliche e sonhos. "Eu sabia todas as músicas da Legião Urbana por causa dele!" – grita a saudade em suas lembranças.
E a história de Suzana Machado, de 49 anos, é de partir o coração! Seu pai, prestes a receber a terceira dose da vacina e sem sair de casa, é atacado pela Covid. Uma videochamada foi tudo o que restou, enquanto a esperança se esvaziava – ele foi levado para a intubação sem chance de retornar. As risadas e os recadinhos de papel viraram apenas recordações!
Não tem como não se chocar com a amiga de Jéssica Balbino, que viu a sua Ivone, de apenas 40 anos, perder a luta contra o vírus, enquanto o marido tentava segurar as mensagens que chegavam de um corpo sem vida. "Ela disse que sentia como se um trator tivesse passado por cima dela", era a triste realidade de um mundo repleto de dor!
E ainda temos o advogado Eric Pestre, que escutou o pai pedindo para não visitá-lo por conta de uma gripe que se transformou em um pesadelo. A frustração, o tédio e a solidão da internação foram apenas variações de um tema trágico: a morte batendo à porta, sem aviso prévio.
E quando a vida se despede, a dor é coletiva! Christian Dunker afirma que o luto mal feito nos deixou com feridas abertas, um trauma que se arrasta em nossas almas. O que fazemos com isso? Conversas jogadas em mensagens, vídeos e fotos foram a única forma de tentar dar sentido às despedidas.
Estamos prisioneiros de memórias eletrônicas, tentando contar a história de quem partiu. E enquanto milhões de corações choram a perda, talvez seja hora de lembrar: a vida é frágil e pode acabar em um piscar de olhos. O que você faria se soubesse que poderia ser sua última conversa? Vamos despachar esse fantasma com dignidade, porque não há rituais que cheguem aos pés do que já foi!
Crédito da foto publicada: redir.folha.com.br